quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Anatomia do Guppy

Anatomia do Guppy

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O formato do Guppy é estabelecido por um esqueleto ósseo. A coluna vertebral vai da cabeça à cauda e é feita por pequenos ossos perfurados, as vértebras. A cabeça, na sua formação óssea, o crânio, contém o cérebro. As mandíbulas, superior e inferior, são também ósseas.

Ligadas às vértebras estão as costelas, que protegem a maioria dos órgãos vitais. Placas ósseas, chamadas opérculo, uma de cada lado, recobrem as guelras.

As Barbatans projetam-se do corpo, em locais determinados. Cinturões ósseos no ombro e na cintura, auxiliam na fixação delas. Elas são mantidas por dois tipos de barbatanas ou raios: um rígido e sem divisões, o outro flexível e ramificado à medida em que se afasta do corpo.

A natação é realizada quase que totalmente pela caudal, mediante movimentos similares figura de um oito. As demais auxiliam no direcionamento, elevação ou descida.

Sistema Excretor

Os rins filtram o sangue e removem resíduos que são conduzidos para a bexiga urinária, por uretras. Tanto a bexiga quanto os rins são órgãos pequenos. A bexiga descarrega através do poro urogenital, logo atrás do ânus. O sangue carrega gases residuais, que são dissipados na água, através das brânquias.

Sistema Nervoso

Os Guppies possuem todos os sentidos dos mamíferos. O cérebro é o principal órgão da percepção. Uma coluna dorsal de nervos que se desloca pelas vértebras. Os odores são processados por células olfativas conectadas no sistema respiratório, e identificados pelo cérebro. Eles ouvem através de duas cavidades auditivas, que contém otolitos para interpretar vibrações sonoras.

Eles sentem através de conexões nervosas na pele e nos órgãos da linha lateral - privativa dos peixes. Eles tem paladar, eles mantém-se equilibrados, provavelmente com a ajuda dos otolitos. Ao que parece, tem uma extraordinária capacidade de regeneração de nervos. É possível cortar a sua espinha dorsal e tê-la regenerada em questão de dias.


Sistema Reprodutivo

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O Guppy é ovovivíparo, ou seja, nasce completamente formado, depois de ter seus ovos incubados internamente. O ovário é recoberto com epitélio germinal, pequenas células que se dividem e produzem descendentes. Após divisões subsequentes, quando recebem uma gema, elas tornam-se ovos. Os ovos
são incubados dentro da mãe, obtendo alimento do próprio ovo, e não da mãe.

Uma pequena passagem carrega os pequenos embriões, como eles são chamados nessa fase, até o momento do nascimento para o poro urogenital, onde eles parecem desenrolar-se e fugir para a segurança. Os seus primeiros movimentos, quase sempre os levam para o fundo, onde eles descansam por algum tempo, antes de se tornarem activos.

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O Guppy macho, assim como outros ovovivíparos, tem um gonopódio. Ao nascer, a nadadeira anal do macho parece muito com a da fêmea. A medida em que se desenvolve, ela vai gradualmente modificando-se. A inserção da nadadeira no corpo é também diferente nos dois sexos, a do macho movimenta-se para a frente, à medida em que ele vai atingindo a maturidade. Quando completamente desenvolvido, os nove raios da nadadeira estão agrupados.

Na ponta do mais longo deles, o terceiro, há um gancho apontando para trás. Não há um tubo furado no gonopódio, como muitos equivocadamente pensam.

O gonopódio está localizado exactamente atrás do poro urogenital. Em frente a esse poro estão as duas nadadeiras pélvicas, um pouco diferentes das femininas.A fertilização é realizada pelas três nadadeiras em conjunto projectadas para frente formando um tubo temporário, através do qual o esperma é transmitido à fêmea.

No macho, os órgãos nos quais os espermatozóides são produzidos são chamados de espermarias, correspondendo aos testículos dos mamíferos. Uma passagem curta liga as espermarias à abertura urogenital. Diferentemente dos humanos, o esperma dos Guppies é reunido em conjuntos. O período de gestação, o tempo entre a fecundação e o nascimento, é de 22 a 24 dias. Os partos ocorrem, em boas condições, a cada 27 a 30 dias.

Os dias adicionais são necessários para o aprontamento dos ovos para fertilização.Um dos factos mais notáveis sobre as fêmeas, além da sua capacidade de manter tantos filhotes num espaço tão pequeno, é o de que se for cruzada com um macho, ele vai fornecer esperma para várias ninhadas, sucessivas.

O esperma penetra no ovário, onde aguarda o amadurecimento do primeiro lote de ovos. Os demais ovos não maturam ao ponto de união com o esperma em reserva até que o primeiro lote deixe o corpo na forma de filhotes vivos.

Há estudos que mostram que o esperma pode permanecer funcional em dormência no corpo da fêmea por oito meses. Mas, se ela vier a cruzar com outro macho, os novos filhotes descenderão deste último. Mesmo fêmeas imaturas, podem receber esperma e o reter até que amadureçam.

Assim, é conveniente remover todos os machos adultos de um aquário com filhotes, para que a energia necessária ao crescimento não seja consumida na gestação.
O tamanho da fêmea é um dos factores relacionados com o número de filhotes, quanto maior, em princípio, maior a quantidade deles.

Aos 30 ou 35 dias de idade, os sexos podem ser distinguidos visualmente, pelo desenvolvimento de um corpo maior nas fêmeas e o seu ponto gravídico. O macho começa a mostrar o seu gonopódio. A cor da cauda começa a aparecer nessa mesma época, dependendo da variedade.

Sistema Respiratório

Guelras funcionam como pulmões e, em virtude de sua posição exposta, são sujeitas a doenças. Cada guelra consiste de um arco ósseo que tem em sua parte frontal estruturas denteadas chamadas lamelas, e na sua parte traseira, filamentos que são submetidos a uma corrente de água da boca para o opérculo .

O tecido é altamente irrigado, sendo a troca de gases realizada com maior intensidade porque o sangue circula
em sentido inverso ao da água.

Sistema Circulatório

O coração tem dois compartimentos, ao invés de quatro: uma aurícula e um ventrículo. O sangue é forçado do ventrículo, quando se contrai, para as guelras, onde coleta oxigênio e libera dióxido de carbono. O sangue
oxigenado é carregado por uma artéria dorsal, que se divide em vasos cada vez menores, para todo o corpo. Nos vasos capilares ele libera oxigênio e coleta dióxido de carbono e resíduos que são eventualmente carregados até o coração através das veias. Além das veias, outros tubos, chamados vasos linfáticos, ajudam a mover o sangue dos capilares ao coração, de onde é novamente bombeado para as guelras.

Sistema Digestivo dos Guppies

Guppies possuem dentes nas suas mandíbulas e no céu-da-boca e uma língua. Depois da língua está a faringe e, em cada lado dela, aberturas para as guelras, através das quais a água circula.

Um pequeno esófago liga a faringe a um estômago relativamente grande. O intestino, curto, leva o alimento do estômago para a abertura anal, logo à frente da barbatana de mesmo nome.

O Guppy tem um fígado, que fabrica bile para a digestão e um baço que ajuda a purificar o sangue. A digestão é rápida, algo como 45 minutos.

As Cores dos Guppies

A cor do Guppy é devida a pontos coloridos, microscópicos, chamados cromatóforos, localizados na pele. O número e a distribuição desses pontos de cor é o que lhe fornece a grande variedade de padrões com que se apresenta.

Dependendo do estado do animal, os pigmentos contidos nas células do tecido podem se concentrar ou afastar, fazendo com que as cores se tornem mais ou menos intensas. A intensidade de cor é um dos indicativos da saúde do peixe.

A Bexiga Nadatória

A posição e o equilíbrio na água são mantidos, fundamentalmente, pela bexiga nadatória que o Guppy possui, internamente.

Múltiplos vasos recobrindo as paredes auxiliam na manutenção de seu conteúdo gasoso. Regulando a quantidade de oxigênio o peixe situa-se num nível mais ou menos elevado no meio aquático. Em casos extremos, privados de oxigênio na água, ele é capaz de subir à superfície, expondo o seu corpo, deixando apenas suas caudas submersas.

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